COIMBRA - CDU INTERVÉM SOBRE REFEIÇÕES ESCOLARES E CTT
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"Autarcas da CDU visitaram há poucos dias uma unidade de fabrico de refeições escolares. Ali pudemos tomar contacto com o processo de produção e acondicionamento das refeições dirigidas às nossas crianças. Não é descabido, portanto, que se faça aqui referência a um filme de animação – o Ratatui – no qual um exigente jurado da atribuição de estrelas Michelin desfaz a rigidez da sua face ao provar um prato que lhe sabia aos cozinhados da sua mãe. A alimentação é, portanto, matéria das emoções, construtor de boas e más memórias. Mas é mais – é fornecedor de energias e criadora de hábitos alimentares saudáveis. Não está em causa o balanço proteico e vitamínico do que é servido para satisfação de critérios técnicos, importantes mas não absolutos. O que está em causa é aquilo de que passamos a vida à procura – do melhor paladar, da mais agradável textura, da maior satisfação alimentar. Quando se diz “cozinha caseira” para atrair clientes para os restaurantes estabelece-se um princípio que é precisamente o que negamos às nossas crianças. Mas não foi sempre assim. Foi possível, ao longo de muitos anos, antes da fúria externalizadora, cozinhar a uma escala que possibilitasse conciliar a qualidade da alimentação como o recurso à produção local, o emprego de pessoas com a responsabilização que resulta da proximidade entre quem cozinha e quem come, a adequação dos menus às especificidades das populações escolares; a introdução programada e acompanhada do peixe e das saladas, desfavorecidos concorrentes da indústria da fast-food. Chama-se aqui a atenção para o problema e assinala-se a luta, a continuar, pelo regresso às carreiras escolares diferenciadas, pela aproximação das cozinhas às escolas e agrupamentos, pela responsabilização das instituições escolares pela alimentação, ali matéria de educação como qualquer outra."
COIMBRA - ASSEMBLEIA MUNICIPAL - CDU PELO ALARGAMENTO E MELHORIA DO IP3 SEM PORTAGENS
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A CDU interveio na Assembleia Municipal de Coimbra em defesa do IP3. "Morre-se muito no IP3, a estrada em que circulam diariamente milhares e milhares de veículos ligeiros e pesados. Complementado com o IC6 e com o IC12, o IP3 é a via rodoviária que melhor se articula com as restantes vias, de norte para sul e do litoral para o interior. É o acesso mais rápido para o Noroeste e para Espanha, é a solução mais económica para o país; é o principal eixo rodoviário ao serviço desta região, do seu tecido empresarial e das suas populações.
Mas degradou-se assustadoramente nos últimos anos, potenciando a sinistralidade que, com amargura, se regista.
A CDU faz-se eco, aqui uma vez mais, dos utentes que denunciam as brechas no alcatrão, os abatimentos da plataforma e redução das faixas de rodagem; assinalam a permanência dos rail’s destruídos pelos acidentes; lamentam a inexistência ou exiguidade de faixas de aceleração e desaceleração nas entradas e saídas do IP3.
Não ignoramos que os problemas do IP3 abrangem diversos municípios, constituindo um lugar de confluência de gente de todos os lados – um espaço precisado de cooperação, portanto. Nesse sentido, seremos portadores, em breve, de uma moção no sentido de vincular este órgão de poder local a uma tomada de posição a favor da melhoria daquela via e da manutenção da gratuitidade do serviço que vem prestando a todos nós."
COIMBRA - ASSEMBLEIA MUNICIPAL - EM DEFESA DAS MATERNIDADES DE COIMBRA
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Manuel Rocha interveio na Assembleia Municiapal de Coimbra em defesa das maternidades de Coimbra:
"As duas maternidades de Coimbra – Daniel de Matos e Bissaya Barreto – vêm realizando, desde há alguns anos a esta parte cerca de 2500 partos cada uma. O número é significativo, sendo de destacar o bom trabalho que ali se tem realizado, aconselhando a que se conserve e desenvolva a cultura de cuidados que saúde que demorou décadas a construir. A CDU faz-se eco, nesta Assembleia das posições da Secção Regional da Ordem dos Médicos e do Sindicato dos Médicos da Zona Centro que, recusando a asfixia dos serviços, exigindo a intervenção urgente nas infra-estruturas e a contratação de pessoal.
O caminho inverso é o da fusão de duas maternidades que já tiveram condições de excelência, situadas em espaços apetecíveis, numa única maternidade. A ser assim aprofundar-se-ia a desastrosa lógica da fusão dos oito hospitais de Coimbra no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).
O argumento há de ser, como habitualmente, o argumento técnico, como se a vida das pessoas tivesse de ser sempre o produto de uma folha de contabilidade.
Deixamos então aqui, para que conste, o argumento técnico do médico Jorge Seabra, que responde por uma vida de bom serviço à saúde infantil: “o desejável será a construção de raiz de duas maternidades (uma única não seria indicado pela excessiva concentração do enorme número de partos), de forma a proporcionar, para além das condições de excelência técnica, um ambiente arquitetónico e hoteleiro moderno e funcional que volte a colocar esta área do SNS em Coimbra na vanguarda da prestação dos serviços obstétricos à população, que assim não necessitará de pagar serviços privados para conseguir essas condições.”