Comício da CDU em Coimbra - Intervenção de Teresa Costa, membro do PEV e candidata da CDU por Coimbra
- Detalhes
Boa noite,
Saúdo todos os presentes em nome do Partido Ecologista Os Verdes. Saudação aos nossos amigos do PCP e aos independentes que contribuem para fortalecer a CDU.
Companheiros e amigos
Já faltam poucos dias para o 10 de março, o dia em que temos nas nossas mãos o futuro das nossas vidas, o futuro do nosso país. Temos nas nossas mãos a possibilidade de mudar de política. Mudar de política é essencial para que possamos conquistar direitos e condições de vida dignas para todos.
Com a CDU reforçada na Assembleia da República será possível uma vida melhor e um futuro mais sustentável.
Os muitos dias de campanha, com centenas e centenas de ações desenvolvidas em Coimbra e no país, são marcados pela alegria, pela energia, pela confiança, pelo contacto e pela conversa, confirmando que a solução para melhorar a vida e o ambiente é o voto na CDU.
No final do dia, quando recolhemos a casa depois de um contacto, de uma conversa, depois de uma ação de campanha, que nos enche o coração com o reconhecimento do nosso trabalho, com o reconhecimento do projeto ecologista, com o reforço da confiança, com a esperança renovada, ligamos a televisão e somos confrontados com as percentagens das apregoadas sondagens, com a manipulação da nossa campanha e omissão do PEV. Como é natural, não ficamos imunes e alguns poderão sentir algum desalento e até alguma revolta.
Mas, daqui lembramos a todos e a cada um que as sondagens não votam e aqueles que fabricam e martelam até que os resultados saiam enviesados como o que eles querem, também só têm direito a um voto. Um voto apenas. Cada conversa, cada contacto, cada vez que alguém nos diz, vocês até têm razão, Os Verdes fazem falta no Parlamento, ou vou pensar nisso, então já estamos a dar um pontapé nesse desânimo para onde nos querem empurrar.
Mas, daqui também lembramos que estas sondagens são diariamente desmentidas pelas múltiplas ações levadas a cabo, por exemplo como aquela que se verificou, ontem nas ruas em Lisboa, ou o empenho de mais de 130 ativistas ecologistas que se juntaram para apoiar o regresso do Partido Ecologista Os Verdes à Assembleia da república.
Companheiros e amigos,
Sabemos que há ainda muita gente com dúvidas, descrentes nas soluções, revoltadas com as dificuldades que se intensificam a cada dia que passa e são essas pessoas que precisamos de ouvir de lhes relembrar que a situação que vivemos não é fruto do acaso, nem é inevitável, e de lhes apresentar as nossas propostas.
Domingo, dia em que somos chamados a eleger 230 deputados, é a oportunidade de conseguirmos que o Partido Ecologista Os Verdes regresse ao Parlamento.
O partido que tanta falta faz no parlamento para assegurar a voz ecologista, para defender a justiça ambiental como comprometimento, para transpor os problemas das populações, para garantir a justiça ambiental em Coimbra e para o país.
Nos dois anos, sem o PEV no Parlamento, praticamente se deixou de falar de recursos hídricos, de conservação na natureza ou dos megaprojetos pintados de Verde, falamos por exemplo dos extensos campos onde nascem milhares de painéis fotovoltaicos como aqui em Brasfemes ou em Soure que dizimam milhares e milhares hectares de floresta ou solos com potencial agrícola.
Com o regresso de Os Verdes ao Parlamento será possível dar resposta e continuidade às lutas que não largamos. Apesar de serem longas continuamos a lutar pela rede ferroviária nacional eficiente, pelo ramal da Lousã, pelo investimento na proteção e conservação da natureza, pela mitigação às alterações climáticas, continuamos a lutar pela igualdade, a igualdade de género com salários iguais para trabalho igual, igualdade na vida num claro combate a todas as formas de violência, de xenofobia, de racismo, homofobia ou de exploração.
Queremos voltar a alertar na Assembleia da República para as consequências das alterações climáticas que são uma realidade e a propor medidas que permitam a concretização das políticas mais importantes para a sua mitigação.
Precisamos de exigir um claro investimento no desenvolvimento do transporte público coletivo em todo o país, sem que tenhamos um país a duas velocidades, em que há regiões como o distrito de Coimbra que não têm oferta de transporte ou é muito residual, em particular fora do período escolar, para que se criem as condições de acesso a todos os direitos.
Queremos reforçar e fazer ouvir a exigência do direito à mobilidade com mais transportes, mais horários e mais segurança a preços acessíveis, garantindo assim o acesso a outros direitos à educação, à saúde, ao trabalho, à justiça, ao desporto, à cultura ao lazer.
Contem com Os Verdes para continuarmos a defender os espaços verdes, a floresta autóctone com o tão necessário reforço das equipas do ICNF, para continuarmos a valorizar as áreas protegidas, como é o caso do Paúl da Arzila, com o reforço da contratação de mais vigilantes da natureza.
Contem com Os Verdes para exigirem que a transição energética seja feita de forma justa e equilibrada, em que as populações são envolvidas, as economias locais são respeitadas e protegidas, em que o património natural e paisagístico possa ser preservado.
Sabemos bem que as dificuldades do dia a dia, as injustiças sociais a preocupação com o dia de amanhã, o tanto mês para tão pouco salário, por vezes nos desviam das preocupações e das questões ambientais, no entanto também não ignoramos que o governo de maioria PS, caiu por causa de projetos pouco transparentes que terão graves impactos na destruição de recursos naturais e na preservação das tradições agrícolas e culturais.
Temos que continuar a lutar para que os grandes poderes económicos não se sobreponham às necessidades das populações e às pequenas e médias empresas que contribuem para preservar e promover o desenvolvimento das regiões.
Por tudo isso afirmamos que com mais força à CDU é possível termos uma vida melhor com mais dignidade, com mais igualdade, mais justiça social e justiça ambiental.
A CDU é a força com os pés no chão e os olhos no futuro.
Dia 10 de março, o voto verde, é o voto na CDU.
Viva a CDU
Comício da CDU em Coimbra - Intervenção de João Rodrigues, candidato da CDU por Coimbra
- Detalhes
Boa noite,
É uma honra estar aqui com Mário Nogueira, mandatário distrital da CDU, e, através dele, com todas as professoras e professores que construíram, constroem e construirão a escola pública democrática, com todos os servidores públicos que protegem o SNS ou a Segurança Social. Sem um movimento sindical forte, não há Estado social forte.
É um privilégio estar aqui com Teresa Costa do PEV e sabemos como o PEV faz falta na AR. Esteve sempre na vanguarda da questão das alterações climáticas, com diagnóstico e proposta, aliando questão ecológica à social, antecipando o slogan: fim do mundo, fim do mês, a mesma luta.
É uma enorme satisfação estar aqui com Fernando Teixeira, o melhor advogado que podemos ter dos interesses do povo deste distrito na Assembleia da República.
Finalmente, é com uma imensa alegria que partilho o palco com Luísa Baptista da JCP – a juventude não se resume aos betos endinheirados da IL – e com Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, “porto seguro”, como gosta de dizer, ao longo de 103 anos de combate a todas as direitas, de luta por uma democracia que se quer avançada e a avançar.
Paulo Raimundo tem usado outra metáfora ao longo desta campanha em crescimento – “choque salarial”. É uma metáfora tão justa e tão poderosa que o PS se sentiu obrigado a usá-la.
Porquê um choque salarial, porquê uma defesa de um aumento de dois dígitos dos salários? A realidade bruta explica as nossas razões. Entre 1999 e a atualidade, os salários reais cresceram 11,9%, mas a produtividade do trabalho cresceu 23,9%. Esta diferença representou automaticamente uma transferência de rendimentos do trabalho para o capital. As trabalhadoras e os trabalhadores estão apenas, através da CDU, a exigir o que lhes pertence.
Um choque salarial ajuda a quebrar o círculo vicioso da economia portuguesa: baixa pressão salarial, mercado interno comprimido e falta de incentivo para o investimento empresarial produtivo. Os empresários podem mentir, mas não mentem no inquérito do INE: não é por causa dois impostos que não investem, mas por causa das “expetativas de vendas”. Os salários são uma fonte de procura.
Tudo começa e acaba nas relações sociais mais importantes, nas laborais, ali onde se cria tudo o que tem valor. A transferência de rendimentos do trabalho para o capital resultou de décadas de reduções dos direitos laborais e de correlativo aumento dos direitos patronais. Temos de fazer justiça a quem trabalha, aumentando o seu poder, reduzindo a discricionariedade patronal.
E tudo isto, porque a CDU parte de uma hipótese tão generosa quanto realista: as trabalhadoras e os trabalhadores deste país fazem o melhor de que são capazes nas circunstâncias que são as suas. A nossa tarefa indeclinável é a de contribuir para humanizar as suas circunstâncias e desenvolver as capacidades populares.
Viva a CDU, viva o povo trabalhador, viva Portugal.
Comício da CDU em Coimbra - Intervenção de Luísa Batista, candidata da CDU por Coimbra
- Detalhes
CAMARADAS E AMIGOS:
Permitam-me que comece com um número: MIL. Sim, são já mil os jovens que declararam apoio ào à CDU. Mil os jovens que deram este grande passo e
encontraram na CDU as respostas para os mais variados problemas e injustiças que enfrentam no dia-a-dia.
Sou candidata da CDU, porque como muitos destes jovens, andei numa escola degradada em que ainda hoje os estudantes passam frio. Senti a falta do Ramal da Lousã e de uma rede de transportes pública, acessível e de qualidade. Juntei-me à CDU porque para poder continuar a estudar, tive que aprender o que é a exploração dos trabalhadores, os baixos salários, a desregulação dos horários e a precariedade. E, agora, a luta continua: pela paz, pelo direito a uma casa digna, contra todas as formas de discriminação e opressão, para que todos tenhamos acesso à cultura e ao desporto, pela defesa da Natureza.
Em tempos em que tudo parece ter um preço, em que a política de direita é pintada como uma inevitabilidade, em que se tenta a todo o custo reduzir o direito à
educação, à saúde, à habitação em meras mercadorias, por todo o lado há jovens que lutam e colocam as suas aspirações na CDU, pois viram que aqui não são colocados em espera. Pelo contrário, nós, os jovens, sabemos que somos o motor da transformação das nossas próprias vidas.
Os estudantes do Ensino Superior, acordaram hoje com a promessa do PS em acabar com a propina.
E nós perguntamos: Então, mas a propina não tinha acabado a 6 de Setembro, como disse o Secretário-Geral da JS na altura?
Não acabou antes, e só acabará depois de dia 10 de Março, com o reforço da luta dos estudantes, com mais votos e mais deputados da CDU que obriguem o PS a vir a essa e a tantas outras medidas essenciais para a vida da juventude.
A nossa campanha não é feita na televisão nem com discursos pretensiosos, não é feita à base da promessa de hoje que é a mentira de amanhã, mas é sim feita no contacto diário com a realidade concreta; é sim feita na rua, ao lado dos trabalhadores e dos jovens:
— É feita nas escolas e universidades, lado a lado com as justas reivindicações dos estudantes.
— É feita nos locais de trabalho junto dos jovens trabalhadores.
Porque o que realmente queremos, o que os jovens realmente querem não é ser um meio para um fim, para o grande capital, mas é sim ter direito a uma Escola e a um Ensino Superior Público, Democrático, Gratuito e de Qualidade; é ter direito a ser jovem e entender o mundo; não é, de todo, precisar de trabalhar para poder estudar nem sobreviver com mais mês que salário.
Camaradas e amigos, a campanha já vai longa e só temos razões para sentir orgulho porque é com esta confiança, com esta força, a força destes trabalhadores,
com a determinação dos jovens e do nosso povo — daqueles que produzem a riqueza do nosso país — que contamos para reforçar a CDU no dia 10 de março e
para prosseguir na luta contra as desigualdades e injustiças, juntos numa só voz.
Tenho muito orgulho em ter-me tornado mais uma das sementes decisivas deste Portugal de Abril que mais cedo que tarde será cumprido!
Vamos semear em Março para colher Abril.
Agora e sempre, a luta continua! Viva a CDU!