COIMBRA – PCP EM DEFESA DO TRANSPORTE FERROVIÁRIO NO DISTRITO
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Uma delegação do PCP visitou as oficinas de reparação de material ferroviário da Figueira da Foz. As oficinas encerraram em 2011, depois de um processo de esvaziamento e desmantelamento, tendo na altura 34 trabalhadores. O PCP sempre foi contra o encerramento e lutou ao longo de anos pela sua reactivação, concretizada finalmente em 2020. As oficinas são necessárias, têm um valor estratégico enorme e merecem ser potenciadas no seu alcance e actividade. É necessário alargar as competências e capacidade das oficinas da EMEF na Figueira da Foz para poder servir e melhorar o serviço ferroviário.
Após a viagem de Comboio Figueira da Foz – Coimbra e o encontro com o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário , a delegação do PCP pode reafirmar que destruir ferrovia é andar para trás, pelo que é necessário investir e reverter processos de destruição de ferrovia no distrito de Coimbra.
É necessário olhar para o serviço público de transporte ferroviário no distrito como base para a mobilidade das populações e das mercadorias.
- Reforçar o investimento nas infra-estruturas melhorando a sinalização, as condições de segurança e a velocidade comercial atingida.
- Renovar a grande maioria das estações do distrito, com construção de interfaces com parques de estacionamento em condições de dignidade, defendendo intransigentemente a Estação Nova em Coimbra,
- Criar um passe intermodal, com tarifário acessível, que possa servir como um incentivo à utilização dos transportes públicos para as deslocações pendulares e que garanta a mobilidade como um direito das populações.
- Repor os carris para reactivar a circulação e electrificar o Ramal da Pampilhosa-Cantanhede, assim como a concretização de intervenções e obras que permitam o transporte de mercadorias. Estudar a sua ligação à linha do oeste para circulação de mercadorias, pois é uma linha mais descongestionada que poderia servir como alternativa à congestionada linha do norte.
- Reactivar a Linha do Oeste entre a Figueira da Foz e Lisboa para o serviço de transporte de passageiros nomeadamente com a introdução de um comboio Intercidades nos dois sentidos
- Alargar horários e melhorar a circulação no Ramal Figueira da Foz/Alfarelos, com a introdução de via dupla e renovação da ponte ferroviária de Lares que permitirá circulação mais rápida e eficaz nos 2 sentidos
- Repor os carris e electrificar o Ramal da Lousã, garantindo a ligação deste Ramal à Rede ferroviária nacional. Alargar o Ramal da Lousã até à Linha da Beira Alta via Arganil, e à Linha da Beira Baixa pelo Ramal de Tomar.
- Construir o novo interface que substitua Coimbra-B, garantindo a ligação ferroviária até à Estação de Coimbra-Parque, com via dupla, avaliando-se a solução em túnel, mantendo a ligação do Ramal da Lousã à rede ferroviária nacional.
- Investir em soluções de mobilidade integrada para o concelho de Coimbra com base e valorizando os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra como garantia de transporte de gestão pública e acessível.
COIMBRA – PCP EM DEFESA DOS SERVIÇOS DE SAÚDE MENTAL
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Uma delegação do PCP, com a deputada Ana Mesquita, visitou o Hospital Sobral Cid (HSC). A visita teve como objectivo reafirmar a defesa intransigente do reforço e valorização dos serviços de saúde mental no âmbito do Serviço Nacional de Saúde. A iniciativa ocorreu num quadro em que o PCP tem manifestado preocupações com as consequências do desinvestimento nas áreas da saúde mental, agravadas pelo processo de fusão dos Hospitais da Região de Coimbra que encerrou serviços, como o Hospital do Lorvão e a Unidade de Arnes, desestruturou equipas, piorou as condições de trabalho e de prestação de serviços.
Durante a visita foi possível confirmar a falta de trabalhadores para dar resposta às necessidades do Hospital Sobral Cid. Dos 80 médicos que chegaram a trabalhar no HSC restam agora 38. Existe falta notória de psicólogos no HSC e no SNS em Geral. No Pavilhão 16 existe apenas um psicólogo para quase 100 doentes.
O Pavilhão 16 continua a necessitar de uma intervenção de fundo, tal como o PCP tem vindo a alertar ao longo dos anos. A ausência de uma estratégia de reabilitação e os poucos meios disponíveis têm condicionado o funcionamento, conduzido à sobrelotação do serviço, à deterioração das infraestruturas e criado um quadro de condições indignas para os doentes. As pequenas obras, que têm vindo a ser feitas, são importantes mas não resolvem os problemas de fundo das necessidades dos doentes e dos trabalhadores.
É necessário intervir no sentido de resolver a falta de trabalhadores, a sobrecarga dos profissionais existentes, melhorar as condições laborais, as infraestruturas e as condições de atendimento e internamento. O PCP continuará a intervir, batendo-se pela célere resolução dos problemas sentidos. O PCP reafirma que a defesa do SNS passa também pela reversão do processo de fusão dos Hospitais de Coimbra e pela defesa de cuidados de saúde mental de qualidade na Região de Coimbra.
Carolina Aires é primeira candidata da CDU à Assembleia Municipal de Montemor-o-Velho
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