Alimentação Escolar em Coimbra CDU alerta e exige medidas!
- Detalhes
CDU alerta e exige medidas!
Intervenção de Paulo Coelho:
“Têm os eleitos municipais da CDU sido confrontados com diversas queixas da população escolar e das próprias associações de pais relativas à qualidade das refeições servidas nas escolas do nosso concelho. Estas queixas não se referem apenas a uma escola, mas a cerca de 20 refeitórios! No passado mês de outubro, uma das situações foi de tal forma grave que motivou algumas intoxicações alimentares nas crianças tendo-lhes provocado cólicas abdominais, vómitos e diarreia. Como tal, importa esclarecer os munícipes através desta assembleia sobre:
- Quantos refeitórios estiveram envolvidos?
- Quantas crianças foram afetadas e de que forma?
- Qual o número de queixas apresentadas?
- Que medidas foram implementadas para minimizar a situação?
- Quais os resultados obtidos?
- Foram tomadas providências para que este tipo de situações não se repita?
Quais?
Tal situação não pode ser desligada dos efeitos negativos que tem tido a depauperação do nosso sistema de ensino com a crescente desvinculação do Estado de serviços essenciais à nossa sociedade como é o caso da educação. A externalização de serviços, que deixam de ser feitos pelos
funcionários experientes das próprias escolas e passam a ser executados por empresas com o objetivo único de maximizar o lucro obtido, mesmo que isso ponha em causa a saúde das nossas crianças e adolescentes, é inadmissível.
Impõem-se, portanto, uma mudança de política no sentido de recuperar a qualidade do nosso sistema de ensino e dos serviços a ele associados, nomeadamente a alimentação escolar.
Não somos contra o lucro, mas de forma alguma podemos permitir que ele se sobreponha à nossa saúde e à saúde das nossas crianças! Gostaria, ainda, de aproveitar esta oportunidade para questionar o executivo sobre qual a aplicação da moção apresentada pela bancada da
CDU e aprovada apenas com uma abstenção na assembleia municipal de 11 de março de 2009 que visava a utilização preferencial de produtos locais, biológicos e não geneticamente modificados nas cantinas do ensino pré-escolar e do primeiro ciclo, bem como nas cantinas destinadas aos
funcionários do município.”
COIMBRA: SESSÃO PÚBLICA COM JERÓNIMO DE SOUSA
- Detalhes
Mais de 200 pessoas encheram o auditório do ISEC, em Coimbra, para participar na sessão pública com Jerónimo de Sousa realizada no dia 17.
A iniciativa decorreu sob o lema «O PCP e a Situação Nacional» e inseriu-se na campanha nacional «Emprego, Direitos, Produção, Soberania – Basta de Chantagens e Submissão». A sessão constituiu um momento ímpar de esclarecimento, mas também de debate, com intervenções e perguntas dos participantes, vários dos quais não eram membros do Partido.
Na sua intervenção, o Secretário-geral do PCP debruçou-se sobre a «evolução da situação política neste primeiro ano da nova fase, decorrente da derrota do governo do PSD/CDS e da concretização da solução política encontrada». Reconhecendo evidentes contradições e insuficiências, Jerónimo de Sousa realçou que «as decisões que tomámos e a iniciativa que promovemos corresponderam não só aos interesses imediatos dos trabalhadores e do nosso povo, mas também do desenvolvimento da luta pela concretização de um Portugal mais justo, mais desenvolvido e soberano».
Se é certo que «estamos longe de garantir o rumo e a política de que o País precisa para dar a resposta necessária aos muitos problemas que Portugal enfrenta», é um facto, para Jerónimo de Sousa, que «no deve e haver da nova fase entra para o lado dos ganhos a liquidação de uma ofensiva violenta que estava ainda em desenvolvimento e que visava levar ainda mais longe a exploração e o empobrecimento do nosso povo».
Isto
é, em si mesmo, um facto a valorizar, pois foi possível, «com a luta e o
voto dos portugueses, conter uma ofensiva contra as suas condições de
vida e de trabalho e impedir o seu prolongamento e ampliação». Eram
estes os planos de PSD e CDS, com o apoio e incentivo da União Europeia e
dos «grandes interesses económicos nacionais e transnacionais».
Vencer constrangimentos
O PCP, garantiu o Secretário-geral, muito embora valorize os avanços concretizados e os passos dados na resposta a problemas e aspirações mais imediatos dos trabalhadores e do povo, não se ilude: os muitos e graves problemas com que o País se confronta decorrem dos «constrangimentos a que o País está sujeito e da opção política de um governo que a eles continua amarrado; de um governo que resiste a libertar-se das imposições europeias, do euro, do domínio do capital monopolista e de outros constrangimentos».
Esta realidade, acrescentou, tem forte impacto no crescimento da economia e na capacidade de resposta dos serviços públicos. Também o crescimento económico, tendo sido positivo, mantém-se muito aquém dos «ritmos elevados» necessários para a criação de emprego e a melhoria das condições de vida da generalidade da população.
Para
Jerónimo de Sousa, independentemente do que for o OE para 2017, é cada
vez mais evidente a necessidade de uma «ruptura com a política de
direita que abra caminho a uma política alternativa, patriótica e de
esquerda». Esta constatação decorre, antes de mais, do estreitamento do
caminho imposto pela submissão aos grupos monopolistas, à União Europeia
e ao euro, destacou.
Debate vivo
Durante o debate, foi valorizado o papel do Partido na derrota do governo PSD/CDS e na criação de possibilidades para repor, defender e conquistar direitos e rendimentos. A reconquista do horário de 35 horas na Administração Pública e a necessidade de o estender a todos os trabalhadores foi particularmente referida, assim como se valorizou o aumento real das pensões e reformas como instrumento de justiça social e aumento do poder de compra dessa numerosa – e particularmente massacrada – camada social.
Destacou-se
ainda a importância do aumento dos salários, e em particular do Salário
Mínimo Nacional, como forma de dinamização do mercado interno. A
unidade de comunistas e católicos e a intervenção do PCP no âmbito da
cultura e património foram outras questões em realce.
COIMBRA - ASSINALOU OS 99 ANOS DA REVOLUÇÃO DE OUTUBRO
- Detalhes