COIMBRA - CONCLUSÕES DAS VISITAS E REUNIÕES DAS JORNADAS PARLAMENTARES
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Conclusões das visitas e reuniões realizadas durante as Jornadas Parlamentares
Do amplo conjunto de contactos e visitas efectuados, que permitiram aprofundar o conhecimento sobre a realidade económica e social da região, importa destacar o seguinte:
1. Visita à empresa DOMINÓ, Indústrias Cerâmicas, em Condeixa.
A Dominó é uma empresa portuguesa, que industrializa e comercializa pavimentos e revestimentos cerâmicos, com 175 trabalhadores. Cerca de 70% da sua produção é para exportação. Perto de um terço dos custos de produção corresponde à energia (dos quais, um terço energia eléctrica, dois terços gás natural). O custo com a mão-de-obra, e designadamente com os salários, está longe de ser um factor de constrangimento para o crescimento da empresa, comparado com os principais factores de constrangimento, que são os custos com a energia, os custos com o financiamento/acesso ao crédito e a operação de transportes e logística no âmbito das exportações. O balanço da colaboração com o Centro Tecnológico do Vidro e da Cerâmica é francamente positivo e as perspectivas de vendas mais favoráveis ao crescimento da produção da empresa resultam mais da procura interna do que da evolução dos mercados internacionais.
COIMBRA - ENCERRAMENTO DAS JORNADAS PARLAMENTARES
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Estas Jornadas Parlamentares do PCP realizadas no distrito de Coimbra permitiram ao Grupo Parlamentar do PCP realizar um intenso trabalho de contacto com a realidade social da região. Dos contactos realizados e da análise que fizemos da situação económica, social e política que o país atravessa, passamos a destacar as principais conclusões e a anunciar um conjunto de iniciativas que decidimos apresentar.
1. Os constrangimentos impostos pela União Europeia estão a impedir o desenvolvimento e o crescimento económico do nosso país. As constantes ameaças, pressões e chantagens quanto à aplicação de sanções ou a tentativa de procurar impor a política de exploração e empobrecimento que o povo derrotou nas eleições legislativas de 2015, são inaceitáveis.
Três grandes constrangimentos contribuíram para o atraso e a degradação da situação nacional, limitam no imediato a recuperação económica e social e, num prazo mais alargado, eliminam a possibilidade de um desenvolvimento duradouro e equilibrado. São eles os níveis brutalmente elevados da dívida pública, a integração monetária no Euro e a dominação do sistema financeiro nacional pelo capital monopolista. Assim, a renegociação da dívida, a libertação do País da submissão ao Euro e o controlo público da banca são três instrumentos fundamentais para a recuperação e o progresso do País.
Apesar das proclamações de sucessivos Governos sobre a redução eminente da dívida e dos seus juros, a verdade é que, no final de 2016, a dívida atingia os 130% do PIB e os juros ultrapassavam os 8 mil milhões de euros, consumindo recursos que o País não pode dispensar para o seu desenvolvimento económico e social. A dívida pública é insustentável. Deve ser renegociada, nos prazos, juros e montantes, como o PCP vem propondo desde abril de 2011. Portugal perdeu muito por não ter iniciado o processo de renegociação da dívida nessa altura. Perderá muito mais se insistir em não avançar com esse processo.
COIMBRA: JORNADAS PARLAMENTARES - INTERVENÇÃO DE ABERTURA
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Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Jornadas Parlamentares do PCP
«Portugal precisa de afirmar a sua soberania e resistir ao rolo compressor da União Europeia e do euro»
Senhoras e senhores jornalistas,
camaradas:
Realizamos as presentes Jornadas Parlamentares neste distrito de Coimbra com os olhos postos na procura de soluções para problemas centrais que subsistem na sociedade portuguesa e estão presentes em todo o espaço nacional, como são os do desenvolvimento dos nossos sectores produtivos e da produção nacional, marcados pelo enorme retrocesso dos últimos anos – uma das mais decisivas causas do nosso atraso -, o ampliado défice de emprego, os agravados flagelos sociais, onde avulta o da precariedade.
É, portanto, conscientes de que Portugal precisa de dar resposta a estes problemas centrais, que têm para a sua solução subjacente a necessidade de uma firme, coerente e corajosa política de defesa e afirmação da soberania nacional que aqui estamos procurando no contacto com a realidade económica e social deste distrito, as suas organizações e as suas populações, aprofundar e melhorar as nossas propostas alternativas para o País e dar ao mesmo tempo satisfação a aspirações de desenvolvimento desta região.