GOVERNO E GRUPO TRANDEV ATACAM O DIREITO À GREVE
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Os trabalhadores do grupo Trandev
realizaram uma greve no dia 11 de Fevereiro, das 3 horas às 14 horas.
Apesar das intimidações, 50% dos trabalhadores aderiram a greve. Esta jornada de luta foi decretada pela
FECTRANS contra o ataque à contratação colectiva e aos salários.
O Grupo em conjunto com o Governo através dos Ministros dos Transportes e Obras Publicas, e do Trabalho e da Solidariedade Social decretaram por despacho mais uma vez, injustamente, serviços mínimos. Decretar serviços mínimos numa empresa de transportes constitui desde logo um ataque ao direito à greve dos trabalhadores. É ainda mais escandaloso que se convoque um número tão elevado de motoristas (30).
Os argumentos para decretar serviços mínimos são frágeis e facilmente rebatíveis recorrendo à prática da própria empresa. Desde logo o argumento da preocupação com os utentes que não tem alternativa de transporte é bastante frágil, pois em anteriores Greves, sem decretar serviços mínimos, a empresa deslocou os trabalhadores que não aderiram à Greve para satisfazer a realização dos Expressos, deixando por fazer as carreiras sem alternativa.
ATROPELOS INACEITÁVEIS À LEI DA GREVE
Na Greve de 11 de Fevereiro a empresa deslocou trabalhadores não aderentes das carreiras, para fazer os Expressos e requisitou trabalhadores de serviços mínimos para fazer outras carreiras. Houve trabalhadores escalados para trabalhar, ao afirmarem que faziam greve foram postos de folga. A empresa requisitou trabalhadores ao abrigo dos serviços mínimos que escalou ilegalmente para além do horário fixado no despacho. Não foi afixada a listagem dos trabalhadores escalados para os serviços mínimos. Todas estas situações são claramente contra a Lei da Greve.
PCP QUESTIONA GOVERNO SOBRE FUSÃO DOS HOSPITAIS DE COIMBRA
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O Grupo Parlamentar do PCP, através da deputada Rita Rato, questionou o Ministério da Saúde sobre a fusão dos Hospitais de Coimbra.
"As anunciadas medidas restritivas e anti-sociais contidas no Orçamento de Estado (OE) para 2011, na área da Saúde, prevêem a dita “racionalização de custos e de procura de eficiência” através da fusão / extinção dos hospitais de Coimbra: Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), Centro Hospitalar de Coimbra (CHC) e Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra (CHPC), numa única unidade, designada por Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC).
Esta fusão poderá envolver cerca de 5600 trabalhadores dos HUC, 2700 trabalhadores do CHC e 520 do CHPC, num total de cerca de 8400. Estas medidas, integradas numa política de destruição de valências e serviços de Maternidade, Serviços de Urgência, Serviços Médicos de proximidade e outros, constitui um forte ataque ao Serviço Nacional de Saúde, contribuindo de forma efectiva para a sua desvalorização, degradação e destruição.
PCP QUESTIONA GOVERNO SOBRE SITUAÇÃO DOS TRABALHADORES DA CRH
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A Deputada do PCP, Rita Rato, questionou o Governo sobre a situação dos trabalhadores da empresa CRH. A empresa fornece trabalhadores para os Centros de Contacto da PT em Coimbra, alargou o âmbito da sua prestação de serviços com um concurso ganho e assinado a 1 de Outubro de 2009.
O contrato assinado com a PT previa a duração de um ano. Contudo, a 15 de Novembro de 2010 a empresa requer a insolvência no Tribunal de Comércio de Lisboa, que foi aceite pelo dito Tribunal a 2 de Dezembro de 2010. Durante todo o processo a informação da empresa aos trabalhadores foi escassa e contraditória. As primeiras informações que os trabalhadores tiveram relativamente a este processo foram mesmo através da imprensa no início o mês de Dezembro de 2010.
O PROCESSO DE INSOLVÊNCIA É ESTRANHO
Em 9 de Dezembro num email enviado a alguns trabalhadores a administração dizia que: «O ano de 2010 tem-se revelado um ano bastante positivo para o Grupo CRH, especialmente num contexto económico extremamente difícil. O Grupo CRH aumentou a sua presença em todos os clientes, ganhou novos contratos, e dessa forma continuando a seleccionar, recrutar e formar novos colaboradores, retendo em simultâneo os mais antigos», para mais adiante justificar, contraditoriamente, a necessidade de reestruturação: «(…)... o Grupo iniciou no final de 2009 uma extensa reestruturação empresarial com o objectivo de resolver problemas financeiros e de gestão que se vinham acumulando de anos anteriores.
Fala-se na criação de uma nova empresa, para as mesmas tarefas, para onde os trabalhadores seriam transferidos.