COIMBRA - CDU ENTREGA LISTA ÀS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2019
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A CDU entregará a sua lista pelo círculo eleitoral de Coimbra às próximas eleições Legislativas 2019 amanhã, sexta-feira, 16 de Agosto, no Juízo Central Cível de Coimbra. A lista terá a seguinte composição:
1. Manuel Rocha
57 anos, Professor de violino.
É diplomado em Violino pelo Instituto Gnessin (Moscovo, URSS, 1988). Integrou comissões para a reforma do Ensino Artístico Especializado. Integrou a direcção do Ateneu de Coimbra. Foi director do Conservatório de Música de Coimbra e de Loulé. É músico da Brigada Victor Jara. Participou, enquanto músico, num vasto número de espectáculos e registos fonográficos. Foi autor do documentário seriado «Povo Que Canta - Passo Segundo», para a RTP. É membro da Assembleia Municipal de Coimbra.
É membro da direcção do Sindicato dos Professores da Região Centro. É Membro da Comissão Concelhia de Coimbra do PCP.
2. Filipa Malva
42 anos, Cenógrafa e arquitecta.
Dirigente Sindical do CENA -STE
É membro fundador da Associação Portuguesa de Cenografia e Bolseira de Pós-Doutoramento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e investigadora do Grupo de Estudos de Dança do centro de investigação INET-md.
Membro do Manifesto em Defesa da Cultura.
Membro da DORC do PCP e do Sector Intelectual de Coimbra do PCP.
3. Vasco Nogueira,
37 anos. Médico Psiquiatra.
É Médico Psiquiatra Assistente Hospitalar no Hospital Distrital da Figueira da Foz, Docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. É Coordenador do Gabinete de Apoio ao Médico da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos. Coordenador Geral do GEFAC (Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra)
É signatário da Carta Aberta dos Profissionais de Saúde por uma Nova Maternidade no Hospital dos Covões. Membro do Manifesto em Defesa da Cultura.Dirigente do Sindicato dos Médicos da Zona Centro e Membro da DORC do PCP.
4. Paulo Coelho,
47 anos. Técnico de Emergência Médica Pré-Hospitalar.
É Dirigente associativo. É ativista na área do ambiente e agriculturas sustentáveis. Membro do Coletivo do PEV de Coimbra.
5. Inês Carvallho
36 anos. Advogada.
Mestre em Direito Constitucional pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e, actualmente, doutoranda em Estudos Literários, Culturais e Interartísticos na Universidade do Porto. Membro da Assembleia Municipal de Coimbra, entre 2003 e 2005. Funcionária do PCP entre 2006 e 2018. É membro do Executivo da Direcção Regional de Coimbra do PCP e eleita pela CDU na Assembleia de Freguesia de Santo António dos Olivais.
6. Paulo Ferreira
55 anos. Operário.
É Dirigente Sindical do SITE-CN. Foi coordenador da União dos Sindicatos da Figueira da Foz. É Membro da Comissão Concelhia da Figueira da Foz do PCP e da DORC do PCP.
7. Adérito Araujo
53 anos, Professor Associado no Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra.
É independente. É membro do grupo de Análise Numérica e Optimização do Centro de Matemática da Universidade de Coimbra. Foi vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática entre 2016 e 2018, e membro da Direcção do Centro Internacional de Matemática de 2011 a 2015. Actualmente, é o Presidente do Consórcio Europeu para a Matemática na Indústria, Foi durante vários anos, director da Gazeta de Matemática, continuando, actualmente, no seu conselho editorial.
8. Libânia Pires
36 anos. Educadora de Infância.
Mestre em gestão da formação e administração educacional pela UC e licenciada em Educação de Infância pela Universidade de Aveiro. Foi Directora Técnica na IPSS - Fundação Creche Helena de Albuquerque Quadros. Foi Coordenadora do Grupo de Aveiro da Associação Rede Ex-aequo. É Membro do Conselho Nacional do Movimento Democrático de Mulheres. Membro da Comissão Concelhia da Figueira da Foz do PCP.
9. Ana Ramôa,
27 anos, licenciada em História.
Funcionária da JCP. Membro da Direcção Nacional da JCP
10. Rui Mendes
44 anos. Advogado.
Membro do Conselho de Deontologia de Coimbra da Ordem dos Advogados.Foi membro do Conselho Directivo da Faculdade de Direito da UC. Antigo repúblico “Ninho dos Matulões”. Foi Vice-Presidente da Associação Académica da UC, Membro do senado da Membro do Sector Intelectual de Coimbra do PCP.
11. Marlene Maricato
44 anos, topógrafa.
É dirigente Sindical do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL). É Membro da Comissão Concelhia de Montemor o Velho do PCP.
12. Isabel Bem-Haja
51 anos. Enfermeira
Trabalha na Maternidade Bissaya Barreto -unidade integrada no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). É dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, é representante dos trabalhadores para a área da Segurança e Saúde no Trabalho do CHUC. É Membro da Comissão Concelhia de Penacova do PCP
13. António Baião
56 anos, Controlador de Caixa.
É Dirigente sindical do Sindicato de Hotelaria do Centro. É Membro do Conselho Nacional da CGTP-IN. Eleito da CDU na Assembleia de Freguesia de Buarcos e S. Julião. É Membro da Comissão Concelhia Direcção da Organização Regional de Coimbra do PCP.
14. Eufémia Catarina Santos
40 anos, operária.
É Dirigente Sindical do SITE -CN. Foi Militar. É Eleita da CDU na Fregusia de Anobra - Condeixa-a-Nova. É Membro da Comissão Concelhia de Condeixa-a-Nova do PCP.
A lista da CDU por Coimbra reúne homens e mulheres ligados à vida do distrito. Da lista fazem parte militantes do PCP, do PEV e um Independente, com uma média etária de 44,6 anos e com uma composição paritária entre homens e mulheres.
Uma lista com gente trabalhadora, ligada à luta pela valorização de quem trabalha (8 candidatos são dirigentes sindicais). Uma lista que inclui dirigentes de movimentos de massas pelo acesso à criação e fruição culturais, pela defesa dos serviços públicos e das Funções Sociais do Estado, pela defesa do ambiente, por melhores acessibilidades, por mais investimento.
A lista da CDU reflete assim a insubstituível intervenção e luta das forças que compõem a coligação na denúncia e combate à exploração e à precariedade laboral; na reivindicação de medidas de apoio à produção industrial; na exigência da conclusão da obra hidroagrícola do Baixo Mondego; na exigência de apoios às vítimas dos incêndios e ao restabelecimento da capacidade produtiva das zonas afectadas; na luta contra o encerramento, privatização e destruição de serviços públicos, hospitais, maternidades, centros de saúde, escolas e estações de correio; pela reivindicação de serviços de cuidados continuados no SNS; contra a transformação da Universidade de Coimbra em fundação de direito privado; no alerta para as consequências para o comércio tradicional com a abertura de grandes superfícies comerciais; na reivindicação persistente de transportes públicos acessíveis a todos, baixando os preços dos passes sociais, reabrindo os Ramais Ferroviários da Lousã e da Pampilhosa e defendendo os SMTUC e a melhoria das acessibilidades. Na luta pelo equilíbrio ambiental, contra a mercantização da natureza e pela água pública.
As eleições de 6 de Outubro são para eleger deputados e não para eleger primeiros-ministros. É por isso que cada deputado eleito pela CDU conta para defender avanços e conquistas, deputados que honram a palavra dada. Quanto mais deputados a CDU eleger mais o País e a vida de cada um avançará.
O que se conquistou nestes últimos anos na melhoria da vida dos trabalhadores e do povo foi por intervenção decisiva da CDU.O que se avançou teve importância. Mas foi insuficiente e aquém do que era necessário e possível. Só não se avançou mais porque o PS não deixou, porque o PS mantém presente na sua governação opções essenciais da política de direita.
A opção é a de Avançar no que é preciso fazer pelos direitos dos trabalhadores e do povo (dando mais força à CDU), ou andar para trás no que se repôs e conquistou, como em muitas outras matérias.
Dia 6 de Outubro é da vida e do futuro de cada um que se decide, dos seus salários, das suas reformas, do seu direito a constituir família e a ter uma vida digna.
O voto tem muita força. Está nas mãos de cada um decidir!
Mais força à CDU!
HOSPITAL DOS COVÕES GARANTE RESPOSTA A PACIENTES DA MATERNIDADE DANIEL DE MATOS NA UNIDADE DE CUIDADOS INTENSIVOS
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O Partido Comunista Português tomou conhecimento que durante a última quinzena de Julho de 2019 ocorreram diversas transferências de pacientes puérperas da Maternidade Daniel de Matos para os Cuidados Intensivos do Hospital Geral (Hospital dos Covões), ao contrário da habitual orientação para o pólo HUC.
Após estabilização nos Cuidados Intensivos do Hospital dos Covões dos diferentes quadros clínicos de que padeciam, todas as pacientes regressaram melhoradas à unidade de origem com condições para ter alta clínica.
Estas transferências terão ocorrido durante o período em que a Medicina Intensiva do pólo HUC teve a sua capacidade de resposta reduzida por se encontrar em manutenção. Importa ainda salientar que a equipa de Cuidados Intensivos do Hospital dos Covões não foi reforçada durante estes dias pela equipa de enfermagem da Medicina Intensiva do pólo HUC não reforçou.
Esta situação traz à discussão alguns aspectos fundamentais:
- as Maternidades actualmente em funcionamento não conseguem garantir a prestação de cuidados intensivos a pacientes com diferentes quadros clínicos de risco, pelo que é necessária uma melhor articulação com um Hospital Geral;
- é urgente dotar as actuais Maternidades de equipamento moderno e de recursos humanos que reforcemas equipas de forma a melhorar o serviço até que se conclua a construção da nova Maternidade;
- mais uma vez, e tal como tem feito ao longos dos últimos anos, o Hospital dos Covões provou ter capacidade de prestar cuidados diferenciados a situações de risco como as já referidas;
- nesta situação, como noutras, o Hospital dos Covões permitiu descongestionar serviços do pólo HUC e garantir uma melhor assistência às populações.
Concluindo, é essencial reverter o processo de fusão, concentração e subdimensionamento das unidades que integram o CHUC; revitalizar o Hospital dos Covões e impedir o desmantelamento de serviços em curso; avançar de forma célere com o processo de instalação da nova Maternidade no Hospital Geral dos Covões de modo a garantir a prestação de cuidados de qualidade;
Por último, o PCP sublinha a necessidade de esclarecimento por parte da tutela desta situação em particular e a importância de dar seguimento ao compromisso assumido a 25 de Junho de 2019 pela Sra. Ministra da Saúde de promover um estudo sobre a localização da nova maternidade no Hospital dos Covões, em alternativa à localização em Celas (no perímetro do pólo HUC) por forma a
permitir a comparação entre as duas soluções.
O Organismo de Direcção de Coimbra da Administração Pública Central
NOTA DA DORC DO PCP SOBRE O FALECIMENTO DE MANUEL LOUZÃ HENRIQUES
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Foi com profundo pesar que a DORC do PCP tomou conhecimento do falecimento de Manuel Louzã Henriques. A DORC do PCP endereça as mais sentidas condolências à família deste abnegado resistente antifascista e militante comunista.
Manuel Louzã Henriques nasceu a 06 de Setembro de 1933 na aldeia do Coentral, concelho de Castanheira de Pêra, Serra da Lousã. Em meados da década de quarenta vai viver para a Cidade de Coimbra onde frequenta o Liceu D. João III. Entra na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra em 1954. Conclui o curso de Medicina em 1959 e a especialidade de Psiquiatria em 1961.
Foi membro activo do MUD juvenil e em 58 filia-se no PCP.
Activista estudantil, com papel em diversas lutas estudantis, nomeadamente a luta da Academia em torno do "decreto 40.900." Foi vice-presidente do TEUC.Integrou a comissão de apoio da candidatura de Arlindo Vicente e, nessa qualidade integrou o apoio à candidatura de Humberto Delgado.
Preso pela PIDE de 1962 a 1965, esteve no Aljube, em Caxias e Peniche, retomando a ligação ao trabalho do Partido depois de sair da prisão. Desempenhou tarefas na clandestinidade na organização do Partido e no trabalho de construção de unidade na reistência anti-fascista. Foi Candidato da Oposição democrática em 1962, à Assembleia Constituinte após o 25 de Abril e por diversas vezes candidato da APU e CDU em vários actos eleitorais.
Dedicou à cultura popular (rural e urbana) grande parte da sua vida. Ainda estudante integrou a TAUC e formações musicais estudantis na qualidade executante de guitarra de Coimbra. Tocava concertina com especial desenvoltura, cultivando um gosto especial pela música dos concertineiros da Serra da Lousã. Participou em encontros de cultura popular oral, deu apoio ao Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra (GEFAC) e à Brigada Victor Jara, foi palestrante nos primeiros «seminários de fado de Coimbra» (1978 e ss.) cuja evolução acompanhou de perto.
Influenciado pelos trabalhos etnográficos de Ernesto de Veiga de Oliveira, Benjamim Pereira, Jorge Dias e Michel Giacometti, iniciou na década de 1960 a actividade de coleccionador de instrumentos musicais populares e de alfaias agrícolas numa atitude de questionamento do discurso oficial da ditadura fascista acerca da "felicidade do povo".
Os artefactos rurais da colecção foram cedidos à Câmara Municipal da Lousã e incorporados no Museu Etnográfico Dr. Louzã Henriques. Os instrumentos musicais, recolhidos em Portugal e no estrangeiro, estiveram expostos, entre 2004 e 2013, no edifício do antigo posto de turismo, no largo da Portagem e no Pavilhão Central da Festa do Avante! e na edição de 2017 da Festa.
Para além da colecção de instrumentos musicais, Louzã Henriques possuía um importante espólio de máquinas de escrever, instrumentos médicos, máquinas de reprodução sonora (expostas em 2014 no Museu Nacional Machado de Castro), acompanhando a exposição regular dos objectos de palestras de muito relevante valor cultural.
Com profundo pesar a DORC do PCP reafirma a importância do exemplo de Manuel Louzã Henriques, na luta em defesa da Cultura enquanto direito, na luta contra o fascismo, na luta pelas conquistas e valores de Abril no futuro de Portugal, na Luta pela construção de uma sociedade nova, sem exploradores, nem explorados.
Como disse o próprio Manuel Louzã Henriques "Há limites para o conhecimento, mas não há limites para os dedos que apontam as estrelas."
A DORC do PCP