Arruada do PCP em Coimbra - Afirma necessidade de aumentar salários e pensões!
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Arruada do PCP inserida na campanha do PCP - "Basta de conversa, aumentar salários e pensões".
Por todo o País e também em Coimbra são muitos milhares de contactos, que fazemos, em particular nas empresas e locais de trabalho, afirmando a necessidade e a possibilidade de aumentar os rendimentos dos trabalhadores e daqueles que trabalharam uma vida inteira e hoje mereciam também uma vida sem sobressaltos.
A necessidade é mais que evidente, os salários naos esticam ate ao fim do mês. Estamos confrontados todos os duas com opções que põe em causa o nosso tecto, a alimentação e a satisfação das necessidades básicas.
As possibilidades estão evidentes nos escandalosos lucros anunciados pelos grandes grupos económicos.
Há recursos mais do que suficientes para não só repor o poder de compra, mas para possibilitar uma vida melhor ao nosso povo.
Há recursos não só para isso, mas também para salvar o serviço nacional de saúde, a escola pública e as restantes funções sociais do estado.
Trata-se de optar, ou se opta por encher os bolsos de uns quantos à custa da miséria de muitos, ou se opta por colocar os recursos do país ao serviço das necessidades do país.
Coimbra - acção junto de trabalhadores do distrito de Coimbra para divulgar as propostas do PCP de aumento de salários e pensões
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DORC do PCP está a levar a cabo uma acção junto de trabalhadores do distrito de Coimbra para divulgar as suas propostas de aumento de salários e pensões.
10 Outubro
- 7h30 - Contacto com Trabalhadores do Bloco Central do CHUC;
11 - Outubro
Ao mesmo tempo, numa atitude do Governo ao serviço dos interesses do grande capital, o acordo agora anunciado abre para linhas de ataque à Segurança Social e aos direitos que esta consagra, estabelece novos benefícios fiscais, mais injustiça fiscal, maior acumulação de lucros e mais desigualdades sociais.
O PCP reafirma a necessidade do aumento geral de salários para todos os trabalhadores em 15%, no mínimo de 150 euros, a fixação do Salário Mínimo Nacional em 910 euros em 1 de Janeiro, atingindo os mil euros durante o ano de 2024, o aumento das pensões e reformas em 7,5%, num mínimo de 70 euros. Propostas que são não apenas justas e necessárias como possíveis, fazendo reverter para os trabalhadores uma parte maior da riqueza produzida e que agora é acumulada pelo grande capital. Reafirma o imperativo da revogação das normas gravosas da legislação laboral que atacam o direito de contratação colectiva e promovem os baixos salários e a redução de direitos. Reafirma a importância de uma política de justiça fiscal que reduza os impostos sobre os trabalhadores, os reformados e os MPME e taxe efectivamente os elevados lucros e a especulação financeira. Reafirma ainda a urgência de medidas que assegurem o direito à habitação, defendam e reforcem o SNS e os serviços públicos, promovam o investimento na produção nacional e garantam o desenvolvimento, a soberania e o futuro do País.
Sobre o Protocolo de Parceria CMC-APBRA “Casa da Cidadania da Língua”
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Declaração de Voto
Sobre o Protocolo de Parceria CMC-APBRA
“Casa da Cidadania da Língua”
Depois de meses sem respostas esclarecedoras quanto ao futuro da Casa da Escrita e a um alegado Protocolo com a “Associação Portugal Brasil – 200 Anos” para a sua curadoria, eis que somos confrontados com o convite público para a cerimónia de inauguração da “Casa da Cidadania da Língua”, no espaço da Casa da Escrita.
Convite que nos chega antes de qualquer discussão ou deliberação deste órgão, num claro desrespeito pelo poder autárquico democraticamente eleito.
Foi-se, aliás, mais longe ainda na falta de transparência neste processo, pois, ainda o Acordo de Protocolo não está aprovado e já a “Casa da Cidadania da Língua” tem um site em funcionamento, uma equipa de curadoria escolhida e anuncia ao mundo a Rua João Jacinto, nº 8 como a sua sede em Coimbra.
Se, durante meses, as informações dadas pelo presidente de Câmara foram evasivas e contraditórias com outras informações que, entretanto, foram sendo tornadas públicas, agora, sem qualquer discussão alargada ou possibilidade de participação pública nos destinos daquele equipamento municipal, são os eleitos confrontados com um Protocolo de Parceria, que, na verdade, sujeita a mera ratificação um acordo já fechado em total secretismo.
Afinal, que e quantos Protocolos foram, ao longo destes meses de evasivo silêncio, assinados em nome do Município com a APBRA?
Para quem tanto quer usar o nome da cidadania, há que lembrar que ela não se cumpre sem participação pública nos destinos da cidade.
Confirmam-se agora os nossos receios: o que se pretende não é apenas re-baptizar o espaço, mas redefinir os seus objetivos, trocando uma missão concreta por outra que insiste em conceitos como "marca", "atractividade" e "diplomacia informal" deixando soterrada a noção de serviço público de apoio à escrita e à promoção do livro e da leitura.
A proposta de Protocolo que nestas condições hoje vem à discussão do executivo, visa em primeiro lugar a “cedência de uma marca”, aliás já concretizada, sem democrática autorização.
De uma assentada se reduz toda a dimensão emancipadora da Cultura a uma mera “actividade económica de interesse municipal”, valorada apenas na medida em que possa gerar retorno financeiro.
A CDU não ignora nem renega o potencial económico da cultura, a sua ligação ao trabalho e o seu potencial de criação de riqueza. Mas, num momento de imposição das leis do mercado em todos os setores da sociedade portuguesa, é vital a adopção de políticas culturais que gerem dinâmicas para além da redutora dimensão do entretenimento e do “evento”, que reduzem as culturas locais à condição de subsidiárias de outras atividades, como o turismo, colocando no topo dos objectivos da política cultural do Município a afirmação de uma “marca”, à frente da “coesão social e territorial”, da “redução de assimetrias culturais" e da “descentralização”, da promoção do património cultural ou, ainda, da valorização da “produção e criação emergentes”...
Esta é, de facto, a “marca” de uma política.
Como temos vindo a afirmar, contrariar tal tendência deverá ser o desígnio de uma verdadeira política cultural municipal.
Reafirmamos que a Casa da Escrita foi adquirida pela Câmara Municipal de Coimbra, pela sua história, como espaço privilegiado para ser um equipamento público dedicado à promoção da escrita, do livro e da leitura.
A sua existência não é, nem nunca foi, um constrangimento para a cidade - é uma ferramenta que pode ser decisiva como pilar de um serviço público de cultura que entenda o livro, a leitura e a literatura como condição da emancipação cultural
A Casa da Escrita precisa de ver concretizada a missão para qual foi adquirida e requalificada, tornando-a um verdadeiro espaço de promoção da escrita e da criação literária, do livro e da leitura, de vocação universalista, aberto a todas as línguas e culturas.
A Casa da Escrita precisa, também, de ver contada a sua história numa exposição permanente que permita conhecer a origem do edifício, mas fundamentalmente a efervescência cultural dos convívios que acolheu; o papel do núcleo de Coimbra do movimento neo-realista; seus protagonistas, suas polémicas internas; os movimentos que, vindos de trás, o influenciaram, ramificações que originou, influências que tem gerado, até hoje.
A Casa da Escrita, em articulação com a Biblioteca Municipal, precisa de abrir as portas das suas bibliotecas, inventariando a totalidade do seu espólio, dando a conhecer presencial e digitalmente o catálogo dos livros aí presentes e garantir o acesso, a requisição e a consulta dos mesmos.
Por todas as razões expostas e invocadas, o Vereador da CDU vota contra esta proposta.
Coimbra, 2 de outubro de 2023.