"A Integração Europeia: Um Projecto Imperialista" - Apresentação do livro com Avelãs Nunes e João Ferreira
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Terá lugar dia 24 de Novembro, quinta-feira, pelas 18 horas, no Espaço25 do Centro de Trabalho de Coimbra, a apresentação do livro de António Avelãs Nunes "A Integração Europeia: Um Projecto Imperialista". A apresentação contará com a presença do autor e também de João Ferreira, membro da Comissão Política do Comité Central do Partido Comunista Português.
Participa, divulga e mobiliza!
Intervenção de Paulo Ferreira na Conferência Nacional - A intervenção do Partido nas empresas da Figueira da Foz
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A intervenção do Partido nas empresas da Figueira da Foz - Paulo Ferreira
Saudações à Conferência Nacional
Na situação actual o fortalecimento da organização e intervenção do Partido nas organizações de massas, particularmente daquelas que actuam no seio dos trabalhadores têm uma urgência e exigência acrescidas.
O fortalecimento dessas organizações de massas, o seu enraizamento, influência e capacidade de ação e luta, exigem o empenho dos Comunistas.
É pois com base no ponto 5.1.15, com o qual a organização do Partido na Figueira da Foz se identifica, que estamos a procurar reforçar a nossa intervenção em várias empresas da Figueira da Foz.
Nesta acção não podemos deixar de referir o trabalho iniciado há anos na então Soporcel, hoje Navigator Company, onde o Partido, através dos seus militantes no movimento sindical, conseguiu transformar um movimento de revolta numa acção de luta organizada.
Esta luta envolveu a praticamente totalidade dos trabalhadores e por força da sua unidade e após a convocação de uma greve de 4 dias, que não se concluiu até ao fim porque a administração, entretanto aceitou as reivindicações dos trabalhadores.
Com esta acção e fruto de uma ligação permanente aos trabalhadores iniciou-se uma sindicalização massiva que culminou com a criação de uma estrutura sindical interveniente e que se mantem até aos dias de hoje.
Foi no seguimento desta luta que conseguimos passar de um estado de ténue ligação a uma célula do Partido, que não sendo grande é, no entanto, vital para a intervenção junto dos trabalhadores.
Esta sindicalização e organização sindical, estendeu-se posteriormente às novas empresas do grupo Navigator Company na Figueira da Foz, estando já há vários anos consolidadas as 3 comissões sindicais das 3 empresas do grupo na Figueira.
Ainda relativamente ao grupo Navigator foi possível em Cacia/Aveiro, este ano de 2022 concluir um processo de sindicalização nas 2 empresas que se traduziu na eleição de 4 novos Delegados Sindicais e, finalmente, criar verdadeira organização sindical de classe em todas as empresas do grupo Navigator: 9 empresas = 9 organizações sindicais de classe.
Desde a criação deste grupo Navigator com fábricas na Figueira da Foz, Setúbal, V.V.Rodão e Aveiro, sempre foi prioridade para os militantes do Partido e, utilizando o mesmo conceito de grupo, a constituição e eleição de Delegados Sindicais em todas as empresas, tendo esse processo sido agora concluído.
Este facto consumado, sem a acção e apoio dos Comunistas no Movimento Sindical Unitário do sector, não teria sido possível e hoje podemos dizer com orgulho que há sindicalização e organização sindical em todas as empresas deste grupo Navigator.
Camaradas, ainda com resultados muito modestos, estamos a intervir em várias empresas da Figueira da Foz onde o processo tem sido, por um lado a procura dos problemas junto dos trabalhadores e, por outro lado, trabalhadores que procuram militantes do Partido para lhes colocar os seus problemas e questões.
Nos primeiros contactos procuramos envolver os sindicatos do respetivo sector, o que nem sempre tem tido êxito e que nos obriga a recorrer a outras formas de intervenção.
É uma questão essencial assumida por nós, não abandonar aqueles que nos vêm como a última barreira de defesa contra a exploração a que são sujeitos.
É também para o flagelo do trabalho precário que os Comunistas estarão na primeira linha combate, denuncia e acções concretas sempre na defesa de que para posto de trabalho efectivo corresponda um vínculo de trabalho efectivo. Mais de 77% do emprego criado no 3º trimestre de 2022 foi com vínculo precário.
Para nós, Comunistas, é também uma frente de trabalho intensa e prioritária, a defesa e valorização dos salários médios pois esses salários devem refletir e valorizar a evolução e progressão de carreiras profissionais, em todos os sectores e profissões, valorizando o trabalhador e a sua experiência, acumulada ao longo de uma vida de trabalho.
Camaradas, a intervenção do Partido nas empresas e locais de trabalho enfrenta dificuldades crescentes que nos obrigam a ter um conhecimento muito profundo da realidade concreta dos seus problemas. É a partir dos mesmos que conseguimos despertar formas de consciência que contribuem para a sua unidade e convergência de acção, independentemente das gerações, profissões ou origens étnicas.
Nós, Comunistas, lá estaremos ao lado dos trabalhadores e do Povo, como sempre estivemos, estamos e estaremos.
Viva a Conferência Nacional
Viva o Partido Comunista Português
Intervenção de Sérgio Dias Branco na Conferência Nacional - Células do Partido nos locais de trabalho em Coimbra
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Células do Partido nos Locais de Trabalho em Coimbra - Sérgio Dias Branco
Nos Estatutos do nosso Partido, a célula de empresa ou outros locais de trabalho é descrita como “a organização de base do Partido,” “o seu alicerce”, “o elo fundamental da ligação do Partido com a classe operária, com os trabalhadores, com as massas populares,” “o suporte partidário essencial para promover, orientar e desenvolver a luta e a acção de massas.” Tal como as células nos seres vivos, a célula do Partido é uma unidade estrutural e funcional da nossa organização e orgânica. Unidade estrutural devido à sua natureza de classe, que organiza militantes comunistas onde trabalham. Unidade funcional porque apoia a intervenção do Partido, de acordo com o projecto de transformação social pelo qual lutamos. As células de empresa criam um espaço de cruzamento de perspectivas, de discussão e de intervenção, sobre as contrariedades, as reivindicações, e as aspirações no local de trabalho. A célula é uma estrutura de organização essencial para a mobilização efectiva e a luta concreta dos trabalhadores. Por isso, a criação e o fortalecimento destas organizações de base têm sido assumidas como tarefas determinantes do Partido.
Na Organização Regional de Coimbra, no seguimento da acção dos 5 mil contactos e dos objectivos definidos no âmbito do centenário do Partido, foram criadas células e foram responsabilizados camaradas por estas organizações de base. No distrito criaram-se 5 novas células, adicionadas às 7 que já existiam, e identificaram-se 7 possibilidades de novas células.
As células da Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra e da Universidade de Coimbra recentemente criadas respondem a exigências colocadas nestes locais de trabalho. A célula da Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra tem reunido regularmente e edita um boletim, o Contraponto, que já vai no quarto número. Constituída por professores, esta célula tem discutido os problemas do ensino artístico em Portugal e tem procurado aproximar-se de outros trabalhadores da instituição, com vista ao reforço do Partido. A necessidade da célula da Universidade de Coimbra foi-se impondo, desde logo devido à co-existência neste local de trabalho de camaradas organizados internamente no Partido na Administração Pública Central e no Sector Intelectual. O impulso da criação desta célula deveu-se em grande parte à intensa luta contra a passagem da Universidade de Coimbra a fundação de direito privado e pela sua manutenção e valorização como instituição pública. Esta célula tem respondido a desafios complexos no plano unitário, nomeadamente a eleição e a actividades da Comissão e das Subcomissões de Trabalhadores, combatendo a sua instrumentalização e o posicionamento anti-sindical. O recuo nas propostas gravosas para o novo regulamento de prestação de serviço docente da Universidade de Coimbra, depois da oposição da Comissão de Trabalhadores, que se seguiu à contestação do Sindicato dos Professores da Região Centro, é um exemplo da força dos trabalhadores unidos.
A prática demonstra que podemos construir Partido e aumentar a nossa influência mesmo em ambientes adversos, dependendo sobretudo da nossa recusa do sectarismo e do oportunismo e da nossa defesa inabalável dos interesses, dos direitos, e da dignidade dos trabalhadores. O funcionamento das células enfrenta sempre múltiplas dificuldades na organização, na intervenção, no trabalho unitário, mas são elementos vivos da luta justa que nos anima todos os dias. Concluindo: nas células e através das células fincamos os pés bem assentes numa realidade laboral marcada pela exploração e pela precariedade, e afirmamos que somos trabalhadores, que somos lutadores, que somos comunistas!