CDU reúne com SRCentro da Ordem dos Médicos
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Uma delegação da CDU, com a presença dos candidatos Manuel Rocha, Filipa Malva, Laura Tarrafa e Francelina Cruz foi recebida por membros do Conselho Regional da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, entre os quais o seu Presidente, Doutor José Carlos Cortes.
A delegação da CDU realizou um resumo da ação dos deputados do PCP e do PEV na defesa do Serviço Nacional de Saúde, e manifestou preocupação relativamente à recente publicação do Estatuto do Serviço Nacional de Saúde. A CDU considera que aquele documento não só não dá resposta aos inúmeros problemas que se vêm acumulando no SNS como, pelo contrário, aprofunda as dificuldades ali vividas, abrindo definitivamente a porta ao negócio da doença.
O Presidente do Conselho Regional da SRCOM começou por referir que a pandemia veio abafar os problemas do Serviço Nacional de Saúde. Aquele dirigente mencionou a enorme falta de recursos humanos que afecta todos os serviços e todas as especialidades do Serviço Nacional de Saúde e lamentou a falta de planeamento do SNS a longo prazo por parte do Ministério da Saúde. Foi ainda criticado o papel da CRESAP na nomeação de dirigentes, verificando-se ausência de critérios de qualidade nas escolhas produzidas.
Foi sublinhado que, no plano da formação, a criação de mais faculdades de medicina não se reflete necessariamente na melhoria dos recursos humanos disponíveis, devendo ser dada prioridade à formação de mais médicos especialistas, distribuindo-os por mais unidades hospitalares. Lamentou-se o facto de este ano, pela primeira vez, não terem sido preenchidas todas as vagas de especialidade, denotando desinteresse em dar início a uma carreira médica consistente. Alertou se para a grande carência de médicos na especialidade de Medicina Interna.
Foi lamentada a opacidade de que se revestiu a questão da nova maternidade e da alteração do estatuto do Hospital dos Covões, considerando-se que este hospital foi vítima de uma maldade humana. Sublinhou-se que Coimbra chegou a ter um reconhecimento nacional que, nos últimos tempos, tem vindo a perder.
Os conselheiros presentes consideraram que este é o momento de maior dificuldade no serviço Nacional de saúde: as urgências vivem situações de caos absoluto; os serviços vivem momentos de desumanização; os hospitais começam a revelar dificuldades no atendimento de quem os procura; o regime de exclusividade encontra-se por definir; a utilização dos internos multiplicam-se de abuso em muitos serviços hospitalares, sendo aqueles obrigados ao cumprimento de tarefas destinadas a profissionais de outras qualificações.
Da parte da CDU foi manifestada a total coincidência de posições nos níveis de preocupação mencionados e reiterado o compromisso de ação permanente na defesa do Serviço Nacional de Saúde e dos seus profissionais, nomeadamente os médicos.
CDU reúne com Sindicato dos Médicos da Zona Centro
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Uma delegação de candidatos da CDU, com os candidatos Manuel Rocha, Inês Carvalho e Francelina Cruz, foi recebida pela direcção do Sindicato dos Médicos da Zona Centro (FNAM).
Foram debatidos os constrangimentos diversos que vêm afetando o desempenho profissional dos médicos, tais como a sobrecarga de trabalho, as crescentes situações de assédio moral e abuso de poder, a eliminação de processos democráticos na escolha de cargos dirigentes. Referiram igualmente a crescente desmotivação que afecta aqueles profissionais, fruto das baixas remunerações, do desinvestimento nas carreiras, entre muitos outros factores.
Foi manifestada preocupação conjunta com o estado das Urgências dos HUC, a eliminação na prática do Hospital Geral dos Covões, o funcionamento das Maternidades (cujos padrões de qualidade se devem à dedicação dos profissionais de saúde), o uso abusivo de horas extraordinárias, a desumanização dos serviços, a situação de abandono dos serviços de cuidados de saúde primários. Foi realçado o papel determinante do SNS na mitigação dos efeitos da epidemia de Covid-19, exigindo aos médicos uma dedicação que não obteve correspondente compensação por parte do Governo.
A delegação da CDU teve ocasião de reafirmar o seu apoio ao SNS, dando conta da sua luta permanente contra a sua destruição levada a cabo pelos governos do PS e do PSD (com ou sem CDS), denunciando o favorecimento do negócio da doença à custa do subfinanciamento do SNS. Os candidatos confirmaram a disponibilidade dos candidatos e activistas da CDU para a defesa do SNS, quer na luta de massas, quer no plano da intervenção nos órgãos e instituições em que participa, nomeadamente a Assembleia da República e as Autarquias Locais.
CDU reúne com Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Centro
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Uma delegação de candidatos da CDU, com os candidatos Manuel Rocha, Inês Carvalho, Laura Tarrafa e Daniel Nunes, foi recebida por dirigentes sindicais do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Centro (STFPS Centro).
Os dirigentes presentes na reunião valorizaram a acção do PCP e do PEV na recuperação de direitos e de rendimentos, não obstante a necessidade de recuperação das carreiras, de dias de férias e da atualização das tabelas salariais, entre outras questões. Em seguida, apresentaram os principais objetivos da acção sindical no momento actual como são os casos da luta pela vinculação, pela valorização de todos os salários e pela reposição de carreiras. No que respeita à vinculação de trabalhadores precários regista-se o facto de, não obstante a implementação de medidas como o PREVPAP, ser hoje demasiado volumoso o número de trabalhadores precários na administração pública, sendo de denunciar a chamada externalização de serviços, responsável pelo não recrutamento de trabalhadores indispensáveis ao funcionamento dos serviços. Assinalou-se, ainda, a dificuldade na obtenção de resultados céleres para muitas situações em que houve necessidade de recorrer aos Tribunais. No se refere aos salários, considerando-se que o valor do salário mínimo permanece manifestamente insuficiente, foi ainda denunciada a situação de salários de trabalhadores que permanecem num patamar que foi já atingido pelo salário mínimo. Para estes trabalhadores a antiguidade em funções não produziu qualquer efeito a nível salarial. A extinção de carreiras, da autoria do governo do PS de José Sócrates, e prosseguida pelo PSD/CDS, veio eliminar a diferenciação no desempenho de funções, permitindo a entrada de empresas privadas, nomeadamente nas escolas em serviços de alimentação, manutenção e higiene. Foram igualmente denunciadas situações de pressão sobre os trabalhadores tanto em instituições públicas (com destaque para as escolas) como em instituições privadas, atentatórias do bem-estar laboral.
Foi descrita a situação no sector social (IPSS e Misericórdias) e mencionado o acompanhamento do Sindicato aos trabalhadores daqueles contextos laborais, assinalando-se a grande disparidade na relação com os trabalhadores, por parte dos dirigentes das diversas entidades empregadoras. Mereceu referência a tentativa de limitação da acção sindical por alguns empregadores e dirigentes de serviços da administração pública pondo em causa, em muitos casos, a liberdade sindical e o respeito pela Lei.
Os sectores representados foram unânimes na denúncia das situações de salários baixos (na quase generalidade dos sectores), da privatização de serviços essenciais (estando em curso a privatização de serviços do IEFP), da municipalização de sectores essenciais dos serviços públicos e respectiva transição dos trabalhadores para a alçada dos municípios.
Os candidatos da CDU tomaram nota das questões abordadas, dando conta do trabalho dos deputados do PCP e do PEV na defesa dos direitos dos trabalhadores dos sectores representados na reunião, e divulgando as propostas da CDU para as eleições de 30 de Janeiro próximo.