DORC DO PCP REUNIU COM SINDICATO DE HOTELARIA
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O PCP reuniu com a Direcção do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hoteleira, tendo reforçado as razões de preocupação relativa à situação da alimentação escolar, que motivaram o pedido deste encontro.
Das informações transmitidas pelos membros daquela direcção, assume especial relevo o incumprimento, pela empresa concessionária do serviço, do caderno de encargos da Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), no que respeita ao rácio do número de trabalhadores. O número de trabalhadores encontra-se abaixo do estipulado e exigido para o respectivo número de refeições servidas em muitas escolas, de onde resultam o agravamento das condições laborais destas trabalhadoras e, certamente, prejuízos na qualidade do serviço, quer na preparação e higienização, quer nas refeições. O desrespeito pelo estipulado no caderno de encargos atinge mesmo a proibição da existência de horários com menos de 20h0 horas semanais, o que acontece no caso de cerca de 40 trabalhadoras.
A concessão deste serviço no âmbito da DREC abrange cerca de 800 trabalhadoras e 42.000 refeições diárias e representa um volume de negócios de cerca de 7 milhões de euros.
Sobre esta matéria o PCP entende:
- Que o processo de concessão do serviço, que estipula como condição um preço máximo por refeição (1,72 euros) a ser pago às empresas favorece, na altura do concurso, a competição entre estas pela proposta com o custo mais baixo, procurando posteriormente a maximização do lucro através da redução ilegítima de trabalhadores, da menor qualidade e da redução de ingredientes na confecção.
- Que a linha política seguida pelo Governo actual e pelos anteriores de concessão de serviços públicos vitais, substituindo a lógica do serviço público e dos direitos dos cidadãos pela da acumulação do lucro pelas empresas concessionárias conduz, necessariamente à perda de qualidade, neste caso, da alimentação de milhares de crianças e jovens;
DEFENDER AS URGÊNCIAS DOS COVÕES
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Defender o Serviço Nacional de Saúde
O Conselho de Administração do Centro Hospital e Universitário de Coimbra, ao serviço do governo do PSD/CDS, prepara o encerramento das Urgências do Hospital dos Covões. É Sabido que as razões pelas quais o governo do PS, decidiu a fusão dos oito hospitais de Coimbra, e o governo do PSD/CDS, agora está a executar, em nada estão relacionadas com melhoria da saúde do povo português e do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
AS URGÊNCIAS NÃO SÃO DESPERDÍCIOS
Os cerca de 400 mil utentes abrangidos pela área que serve este hospital justifica a manutenção, em pleno, das urgências do Hospital dos Covões. As urgências não são gorduras, não são redundâncias, não são desperdícios. Gorduras, redundâncias e desperdícios são as parcerias público-privadas na saúde (que só em 4 hospitais absorvem 2200 milhões de Euros do orçamento do Estado), a convenção de serviços que podem ser oferecidos pelos serviços públicos, a contratação privada de meios auxiliares de diagnóstico quando há capacidade instalada no público.
DEGRADAR SERVIÇOS SÓ SERVE AOS PRIVADOS
A abertura de unidades de saúde privadas, como a IdealMed, em Coselhas, com todos os serviços e valências anunciadas e tão generosa e convenientemente publicitada, também ajuda a justificar a apressada decisão de encerramento das urgências do Hospital dos Covões.
ENVIAR DOENTES PARA OS HUC NÃO É SOLUÇÃO
Esta decisão criará dificuldades nomeadamente para os doentes que entram nas urgências durante o dia e que têm que ficar em observação durante o período da noite. O envio dos doentes para os HUC não é solução, apenas contribuirá para as crescentes situações caóticas e sobrelotação nos serviços deste hospital. Várias entidades e profissionais reconhecidos e altamente qualificados têm vindo a alertar para o facto de, em períodos de maior procura, os HUC já não terem capacidade para internar, com qualidade, todos os doentes que o procuram.
DEFENDER OS ESTALEIROS NAVAIS
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Defender a região e os trabalhadores
A situação que se vive nos
Estaleiros Navais do Mondego (ENM), é sintomática no que se refere à
política dos Governos e dos seus agentes, que não só trouxeram o Pais
até à actual situação de descalabro económico e social, como continuam a
persistir em opções que nada têm a ver com as necessidades da região e
dos trabalhadores dos ENM.
Sustenta o PCP esta opinião tendo em conta a “incompreensível” atitude
da entidade gestora da área marítima onde estão instalados há muitas
décadas os ENM, que está a impedir a solução existente e que permitiria
aos ENM arrancar de imediato com a sua laboração preservando os postos
de trabalho e pagando inclusivamente passivos na ordem dos 200 mil
euros.
Tal atitude vinda de uma entidade que, segundo os próprios, representa o
Estado é premeditadamente criminosa. Tanto mais que, tudo parece
indicar a intenção de fazer caducar o Alvará de construção e reparação
Naval, o que beneficiaria o actual desmantelamento e sucata que
“miraculosamente” surgiu no espaço físico da ex-Naval Centro e que
provalvelmente gostaria de expandir a sua actividade até às instalações
dos ENM.
Substituir uma actividade estratégica para o País e para a região por
uma actividade secundária, como é o da sucata (que nos lembra outros de
má memória) não é aceitável, seja qual for o ângulo segundo o qual se
analisa a questão.
Defender os ENM, o seu passado e o conhecimento especializado adquirido
pelos seus trabalhadores, terá de ser um desígnio da cidade da Fig. Da
Foz e uma opção estratégica nacional.
Quem por acção ou omissão permitir que se concretize este crime de
LESA-PÁTRIA – o desaparecimento desta importante unidade - mais tarde ou
mais cedo terá de ser responsabilizado.
A Comissão Concelhia da Fig. da Foz do PCP
Maio de 2012