A propósito de notícias sobre a votação de um projecto de resolução apresentado na AR sobre o Metro Mondego, em que se omite as razões do voto do PCP, o Secretariado da DORC do PCP vem por este meio reafirmar o seguinte:
O PCP votou contra o projecto de resolução pois defende a reposição dos carris, electrificação, modernização do Ramal da Lousã e mais financiamento para os SMTUC. O projecto Metro Mondego (MM) é responsável pela destruição do Ramal da Lousã. Defender o Metro Mondego (MM) tal como ele foi apresentado, ou como agora o apresentam, é atacar o transporte público acessível a todos para favorecer o negócio à custa de todos nós.
O PCP sempre se opôs à implementação da solução MM neste Ramal. O MM não se adequa às características da linha e às necessidades dos utentes, visto que o Ramal é uma linha de montanha e o metro ligeiro é um transporte urbano.
O sistema MM seria mais caro para os utentes, com menos velocidade de circulação (aumentando o tempo de transporte em 25%), menos confortável (com menos lugares sentados), sem capacidade de transporte de mercadorias, sem ligação à rede ferroviária nacional, sem possibilidade de continuação da linha (O Ramal foi pensado para continuar para além de Serpins). Para além disto exigiria aos utentes um transbordo em Ceira, aumentando ainda mais o tempo de transporte, e exigiria mais investimento em fornecimento de energia. O projecto MM no Ramal da Lousã constituiria uma perda para a capacidade de desenvolvimento da região, para além de uma perda para os utentes.
Os sucessivos Governos PS, PSD e CDS e os executivos camarários de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo enganaram as populações e assinaram de cruz a “morte do Ramal”, destruindo uma linha centenária e colocando num autêntico inferno a vida das populações.