É
inaceitável encerrar os Estaleiros Navais do Mondego
A
deputada do PCP, Rita Rato, reuniu com uma delegação de
trabalhadores dos estaleiros navais e com representantes sindicais.
Durante a reunião ficou claro que a recente decisão de insolvência
dos estaleiros é contrária aos interesses do país e da região.
Esta
decisão é tomada numa altura em que a necessidade de aposta no mar
enche páginas de discursos de reponsáveis governamentais e do
Presidente da República. É inaceitável que, sem que nenhum destes
responsáveis se digne a dizer uma palavra e perante a inacção
e o desinteresse dos deputados eleitos pelo distrito de Coimbra,
se deixe encerrar uma empresas estratégica, com história, com mão
de obra qualificada, e que provou, ao longo de décadas, ser capaz de
construir navios de qualidade para os mais diversos mercados.
Os
deputados do PCP no Parlamento Europeu participaram numa série de
visitas e encontros no distrito de Coimbra. Uma jornada de trabalho
inserida na actividade normal dos eleitos comunistas e que visa
aprofundar o conhecimento dos problemas dos trabalhadores e
populações e assim fundamentar a sua acção e proposta no
Parlamento Europeu.
Habitação Social
– Bairro Fonte da Talha em Coimbra
Os
deputados do PCP no Parlamento Europeu, Ilda Figueiredo e João
Ferreira, visitaram o Bairro da Fonte da Talha, onde contactaram com
moradores e com representantes das associações de moradores de
Coimbra.
Os sucessivos governos têm vindo a desrespeitar o
direito constitucionalmente consagrado à habitação condigna. O
problema da habitação tem vindo a agravar-se com o agravamento das
condições socio-económicas dos portugueses. No último ano, no
concelho de Coimbra, os pedidos de habitação social passaram de 2
por semana para cerca de 2 por dia, existindo actualmente cerca de
600 pedidos de habitação em Coimbra.
Os deputados
valorizaram o papel das organizações representativas dos moradores,
transmitindo a ideia de que no bairro como no país a união do povo
e dos trabalhadores é essencial para a resolução dos seus
problemas e para travar o rumo de declínio do país.
As
associações e moradores expuseram os seus problemas concretos de
falta de infra-estruturas (sede o para a Associação do Bairro da
Fonte da Talha e Campo de Jogos para o Bairro do Ingote, entre
outras) e a falta de transportes públicos. Os deputados do PCP
comprometeram-se em levantar os problemas no PE e dessa foram dar
visibilidade e ênfase às suas reivindicações.
Saúde – Hospital
Distrital de Figueira da Foz
Recentemente
foi criado um movimento em defesa do Hospital da Figueira da Foz que
reune utentes, funcionários em defesa do hospital. Ilda Figueiredo
participou num encontro deste movimento que visa combater a anunciada
intenção de encerrar um conjunto de valências do Hospital
Distrital da Figueira da Foz /HDFF), com particular incidência nos
tratamentos oncológicos, INEM e cirurgias nocturnas. Estas
intenções prosseguem na linha da continuada desvalorização do
HDFF e na intenção de o transformar numa mera extenção de um
qualquer Centro de Saúde ou de passagem para gestão
privada/misericórdia.
Ilda
Figueiredo solidaridizou-se com a luta em defesa do HDFF. Alertou
para o facto de este processo, que se iniciou há muito com
encerramento de valências como a maternidade, não pode ser
desligado de um profundo ataque às funções sociais do Estado, na
tentativa de potenciar a saúde como área de negócio e não como um
direito. A Deputada do PCP comprometeu-se em levar a questão ao PE e
apelou à construção da unidade de toda a população como factor
determinante na defesa do Hospital e na defesa de um Serviço
Nacional de Saúde Público, Universal e Gratuito.
Transporte
Ferroviário – Moinhos - Ramal da Lousã
Ilda Figueiredo
reuniu-se em Moinhos, Freguesia de Miranda do Corvo, com
representantes do Movimento de Defesa do Ramal da Lousã e com
dezenas de populares que participaram nesta sessão/audição.A
deputada do PCP teve oportunidade de conhecer o processo que conduziu
ao encerramento do Ramal da Lousã e que tanto tem prejudicado a vida
das populações locais.
Durante a discussão
ficou patente a desadequação de um sistema de metropolitano ligeiro
numa linha de montanha, a irracionalidade financeira do projecto que
custaria dez vezes mais que electrificar e modernizar a linha e a
irracionalidade ambiental de encerrar linhas ferroviárias quando
existem directivas e recomendações no sentido de potenciar o
transporte ferroviário.
Apelando mais uma vez
à união dos utentes e populações e à luta em defesa do
transporte ferroviário, a deputada do PCP, anunciou que questionará
a Comissão Europeia sobre as possibilidades de financiamento da obra
de reposição e electrificação da linha. Foi aprovada recentemente
uma resolução que visa baixar a comparticipação dos Estados nos
projectos co-financiados pela UE. Dadas as características do
projecto, nas vertentes ambiental e de melhoria dos transportes, o
financiamento da UE pode chegar aos 95% do projecto, o que faria com
que o Estado português só teria que financiar 5% do total da obra.
O PCP esteve sempre na
primeira linha pela exigência da reposição dos carris e pela sua
electrificação, assim como pela sua ligação à rede ferroviária
nacional. Em sucessivas ocasiões o PCP apresentou propostas para
reposição e electrificação da linha quer em Projectos de
Resolução quer em sede de Orçamento de Estado para 2011, em todas
estas propostas, PS, PSD e CDS uniram-se para as chumbar.
A DORC do PCP saúda todos os trabalhadores que, num acto de muita
coragem e dignidade, participaram na Greve Geral do passado dia 24 de
Novembro, contra a exploração e o empobrecimento. A DORC do PCP
saúda ainda a CGTP-IN pela decisão e todos os quadros e activistas
sindicais pela envolvência fundamental na construção desta jornada
de Luta.
Com
a participação de milhões de trabalhadores, a Greve
Geral constituiu um momento maior da luta contra o pacto de agressão
aos trabalhadores e ao país. A adesão e o número de trabalhadores
envolvidos assume ainda mais importância num quadro chantagem e
pressão sobre os trabalhadores, desde o corte de prémios, à
imposição de serviços mínimo abusivos e violadores da lei da
greve, às ameaças de despedimento tudo foi utilizado para
condicionar a adesão dos trabalhadores.
Esta
Greve Geral foi um passo importante mas não foi o fim da luta. A
luta terá que continuar nas empresas e na rua como forma de os
trabalhadores demonstrarem a sua força e a sua resistência a este
pacto de agressão. A DORC do PCP apela à intensificação e à
multiplicação das lutas
Em
Coimbra à semelhança do resto do País, a Greve Geral constituiu
uma grande jornada de luta. Milhares de grevistas concentraram-se na
Praça 8 de Maio, onde ouviram as intervenções de balanço da greve
em Coimbra, aprovaram uma moção de apoio à Greve Geral e decidiram
ainda uma deslocação até à ACT em Coimbra. Durante a deslocação
os manifestantes sentaram-se, bloqueando durante algum tempo a Rua
da Sofia, num protesto simbólico contra o pacto de agressão aos
trabalhadores.