Realizou-se um Encontro do Distrito de Coimbra da CDU, na Casa Municipal da Cultura, em Coimbra, tendo contado com a participação de Jorge Cordeiro e Vladimiro Vale ambos da Comissão Política do Comité Central do PCP e Paulo Coelho do Partido Ecologista Os Verdes.
Este Encontro, onde vinte dos 70 presentes usaram da palavra, fez o balanço da acção da CDU no distrito, perspectivou o trabalho e a prestação de contas às populações, definiu as linhas de orientação para a preparação do próximo acto eleitoral Autárquico no distrito.
ASSEMBLEIA
DA REPÚBLICA APROVA NOVA RESOLUÇÃO PELO INÍCIO DAS OBRAS DE
REPOSIÇÃO, MODERNIZAÇÃO E ELECTRIFICAÇÃO DA LINHA DO RAMAL DA
LOUSÃ
Por
proposta do PCP, a Assembleia da República, acabou de aprovar uma
nova resolução pelo início urgente
das obras de reposição, modernização e electrificação da linha
do Ramal Ferroviário da Lousã, a concretizar em 2017, com
votos a
Favor de: PCP,
PEV,
BE, PSD,
CDS-PP ePAN e os votos contra do
PS.
Entretanto
o PCP manifestou a sua discordância quanto à
reactivação do projecto do Metro do Mondego e a sua inclusão no
plano de investimentos ferroviários 2016-2020, apresentado pelo BE.
Esta
resolução do BE pretende ressuscitar o projecto que foi responsável
precisamente pelo desmantelamento do ramal ferroviário da Lousã. O
PCP considera que não há qualquer interesse na manutenção da
Empresa Metro Mondego nem do projecto que ela representa. A MM apenas
tem servido para manter salários e rendimentos da administração e
outras despesas e proventos, custando ao Estado cerca de meio milhão
de euros por ano. Nenhuma vantagem trouxe ou trará para a mobilidade
na Cidade e no distrito.
O
Projecto de Resolução do BE aponta para a constituição, com as
câmaras municipais envolvidas, de uma autoridade intermunicipal de
transportes que fique responsável pela gestão integrada do
investimento. Cumpre-nos aqui relembrar que a Metro Mondego começou
precisamente por ser maioritariamente detida por três Câmaras
Municipais, que rapidamente se aperceberam de que, só por si, não
teriam capacidade financeira para o investimento, o desenvolvimento
do projecto e, de futuro, para a sua manutenção. O PCP considera que
insistir na municipalização do transporte público
desresponsabiliza a Administração Central e atira
responsabilidades para as autarquias, dando passos para a futura
concessão e privatização dos serviços públicos.
O PCP propôs, na Assembleia da República, o início das obras de reposição, modernização e electrificação do Ramal da Lousã. Ana Mesquita interveio no debate suscitado pela discussão a propósito de uma petição que reclama que a linha ferroviária seja
devolvida a esta região e que o mais breve possível se reponha o serviço
de transporte.
Intervenção da Deputada do PCP - Ana Mesquita:
Sr. Presidente
Sras. e Srs. Deputados
Saúdo em nome do Grupo Parlamentar do PCP a população da Lousã, de
Miranda do Corvo e de Coimbra, nomeadamente, os muitos que se encontram
nas galerias e se deslocaram para assistir a este debate. Saudamos a
luta que têm desenvolvido com persistência e empenho pelo direito à
mobilidade e ao desenvolvimento regional a que têm direito.
Diz a petição que “não se pode aceitar que aqui se destrua uma linha
centenária, afectando gravemente a mobilidade de tantos milhares de
pessoas. […] Os signatários reclamam que a linha ferroviária seja
devolvida a esta região e que o mais breve possível se reponha o serviço
de transporte.”
A voz da população encontra eco nas propostas do PCP. Há quase um ano
foi aprovado nesta casa um Projecto de Resolução dizendo o seguinte:
1. Extinção da Metro Mondego, SA.
2. Devolução do seu património ao domínio público ferroviário e municipal.
3. Reposição, modernização e electrificação da linha do ramal ferroviário da Lousã.